A Delegada Sabrina Leles de Lima Miranda receberá hoje, 27 de Novembro, quinta-feira, O Título de cidadã Caldasnovense: em sessão solene do plenário da Câmara Municipal de Caldas Novas, ás 19h, 30 mim.
A delegada tem se destacado no combate a violência e na apuração de vários crimes, demostrando assim, competência e dedicação em beneficio da população do município de Caldas Novas.
Mas quem é Sabrina Leles de Lima Miranda?
NADA COMO UM DIA DEPOIS DO OUTRO:
O dia 24 de janeiro, uma terça-feira, não poderia ser mais pesado para a jovem delegada Sabrina Leles de Lima Miranda, 31 anos. Ela passou a manhã ouvindo três detentos acusados de agressão a um colega de cela do Presídio de Caldas Novas e ainda teve de aturar a ironia de um deles. À tarde, mais presos, vítimas e familiares lotavam a delegacia da cidade das águas quentes.
Ela atende a reportagem do Sindepol pelo telefone e avisa: “Acho que hoje não é um dia bom pra eu dar entrevista. Estou muito estressada e até com um pouco de raiva”. Pergunto, então, como foi seu dia. Após o desabafo inicial sobre as dificuldades, a delegada se solta, renova os ânimos e começa a contar sobre sua vida – foram cerca de 50 minutos de bate-papo.
“Estou bem melhor agora (final da entrevista). Acho que estava precisando conversar com alguém, desabafar (risos). Sinto que tirei um peso tremendo das costas”, afirma. “E daqui a pouco vou para a academia e tiro o resto do peso do corpo”, emenda, novamente aos risos.
Não é difícil traçar o perfil da delegada Sabrina Leles. Em poucos minutos de conversa é possível perceber que é uma pessoa muito alegre, extrovertida, pra cima e que adora curtir os prazeres da vida. Porém, quando o assunto é trabalho, ela se transforma. Apaixonada pela profissão, se dedica ao extremo pela Polícia Civil.
“Você quer me tirar do sério é só vir pra cima de mim com ironia. Se o preso quer mentir, não podemos impedir. Mas fico muito nervosa com a falta de respeito. Não caí de paraquedas na polícia, sempre sonhei em ser delegada”, conta. “E tenho fama de brava mesmo. Aliás, não é fama. Sou brava de verdade. Gosto de tudo certinho, correto. Esse é o meu jeito.”
E por conta dessa dedicação ao trabalho, Sabrina praticamente abre mão do lazer, mesmo morando na melhor cidade turística de Goiás. Devido ao fato de ser delegada, ela evita ir a shows, bares, boates e até mesmo clubes do município e região.
“No interior é complicado pra gente se divertir. Tudo que eu falo ou faço, não interessa o assunto, as pessoas dizem: foi a delegada quem falou, foi a delegada quem fez. Você não pode expor o que pensa, pois as pessoas não dissociam a pessoa Sabrina da Sabrina delegada.”
Recentemente, Caldas Novas recebeu o evento Verão Sertanejo – shows com artistas consagrados como João Bosco & Vinícius, Michael Teló e Milionário & José Rico. “Amo de paixão música sertaneja. Até canto em voz alta quando estou em casa. Mas não pude ir (Verão Sertanejo). Você não fica a vontade. O povo não para de te olhar, como se você estivesse fazendo alguma coisa errada.”
Para tomar sol, aproveita o espaço do condomínio onde mora. E quando quer se divertir a vontade, deixa para Goiânia ou Uberlândia. “Aqui sou sempre a delegada, nunca a Sabrina”, revela. “Mas não sofro por isso, viu. Faz parte da nossa carreira”, emenda.
Carreira
E por falar em carreira, o nível de exigência que Sabrina faz de si mesma e a dedicação na busca por se fazer Justiça estão fazendo com que a jovem cresça a passos rápidos na Polícia Civil. Ela ingressou na instituição em 2010 e teve como primeira delegacia a pequena Corumbaíba, no sul do Estado, na divisa com Minas Gerais.
Foram oito meses na cidade de dez mil habitantes, até ser convidada para trabalhar em Morrinhos, município de 45 mil habitantes. Mal tomou posse e novo convite: desta vez para Caldas Novas, cidade de 75 mil pessoas, mas que, em determinados feriados, chega a receber mais de 100 mil turistas.
“Estou construindo minha história na Polícia Civil degrau por degrau – aliás, nem sei se é história ainda, pois não tenho nem dois anos na PC. Cada dia eu pego uma carga de responsabilidade e vou fazendo meu trabalho. Hoje é uma coisa, amanhã é outra e assim por diante. Dedico-me ao máximo porque quero continuar minha vida profissional na Polícia Civil de Goiás. E espero chegar a Goiânia bem preparada.”
Para suportar o peso das missões, Sabrina revela que se apoiá nas dicas dos delegados mais experientes. “O pessoal mais novo tem mania de achar que sabe tudo. Mas não sabemos. Valorizo muito a experiência de quem tem história para contar. Por isso sempre converso com meu titular e com a minha regional. É preciso mesclar a experiência com a força dos mais jovens. Isso nos dá cautela pra não fazer besteira.”
E quando os conselhos não são suficientes, Sabrina busca outro apoio: a crença. No notebook que carrega tem uma frase que simboliza bem seu estado de espírito: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.
“Sou espírita, mas não dispenso a imagem de Santo Expedito, São Jorge (protetor dos policiais), e sal grosso na minha sala. A gente tem de confiar que existe uma energia positiva maior, senão não vai pra frente.”
Aproveito para provocar a delegada e pergunto se as imagens ajudam de fato. “Às vezes pode até ser que não veja o efeito, mas quando a pessoa entra na minha sala com a energia ruim, basta ela olhar para o santo que dá uma arriada. É certeza. O que não vem para prejudicar, ajuda”, garante.
Sabrina é natural de Uberlândia (MG) e, antes de chegar a Goiás, prestou concursos em vários Estados do País para delegada de polícia. “Torci para que eu passasse em algum Estado próximo de Minas Gerais e deu certo.”
Prática
Ciente das dificuldades estruturais da Polícia Civil de Goiás, a delegada Sabrina Leles sabe que não pode exigir ao extremo das condições de trabalho. Por isso, em determinados momentos, abre mão do perfeccionismo que lhe é recorrente e parte para a prática.
“Não dá para ser perfeccionista a todo o momento que o serviço não rende. Por isso, sou prática também. Busco os atalhos que façam o serviço render e converso muito com meus agentes.”
Porém, quando relata um inquérito, garante que procura colocar no papel todos os detalhes para garantir que o acusado possa a vir a ser condenado pela Justiça.
“E também para não manchar meu nome. O nosso trabalho deve ser baseado em estrutura técnica. Um inquérito depois que sai da delegacia passa pelo estagiário da promotoria, pelo assistente do promotor, o próprio promotor, o estagiário do juiz, assistente do juiz e pelo juiz, além do advogado de defesa. Todos vão ler o que você escreveu. Qualquer erro ou brecha pode ser motivo para chacota ou servir para inocentar o acusado.”
Perfil
Nome: Sabrina Leles de Lima Miranda
Data de Nascimento: 04.12.1980
Local de Nascimento: Uberlândia
Estado Civil: Solteira
Formação: Direito
Ano em que ingressou na Polícia Civil: 2010
Delegacia em que atua: Adjunta da Delegacia Municipal de Caldas Novas
Livro: Dez Leis para Ser Feliz, de Augusto Cury
Comida Preferida: Só não come quiabo ou carne de porco
Quantos sapatos têm no armário: “20 e poucos pares”
Maquiagem indispensável: Batom
Sonho de consumo: Apartamento.
Extraído do Site http://sindepol.com.br
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