A poucos dias fizemos uma matéria sobre o descaso que estão sofrendo os aprovados do concurso público para ingresso na Policia Militar do Estado de Goiás. Veja matéria: Aprovados no concurso para soldado da Polícia Militar de Goiás enfrentam drama e lutam contra descaso do governo
Agora mais um absurdo é exposto. Um fato questionado na matéria anterior sobre estrutura de implantação do SIMVE – Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual, agora mostra sua verdadeira face de forma explícita. Pasmem os senhores! A avaliação teórica para ingresso da 3º turma do SIMVE, que é policia temporária daquele Estado (isso mesmo, terceira turma, já somam um total de 2600 policiais temporários, enquanto mais de 1700 aprovados em concurso para ingresso efetivo na corporação, não foram chamados e, conforme explanado em matéria anterior, são tidos pelo governo como eliminados, mesmo com a banca examinadora publicando todos os nomes como aptos em todas as etapas do certame) teve perguntas meramente políticas e manifestamente parciais, funcionando como um “código” para ingresso na corporação, conforme palavras do deputado estadual daquele Estado, Major Araújo, elogiando o atual governador Marconi Perillo, incitando a ideia de que ele teria sido um “divisor de águas” em Goiás, colocando-o como o “salvador” daquele Estado. Veja a questão e tire suas próprias conclusões:
E não parou por aí. Em outra questão o examinador anexa uma notícia de escândalo envolvendo o governo do então presidente Lula, numa visível ação de denegrir sua imagem em caráter também expressamente parcial, veja:
Após divulgado pelo deputado Major Araújo, este absurdo já foi tema de várias matérias em diversos jornais e sites de grande circulação no país na ultima semana e o Ministério Público instaurou no dia 12, um inquérito para apurar denúncias de irregularidades na prova de seleção ao Serviço Militar Voluntário Estadual (Simve). Lembrando que o próprio Ministério Público já acionou o judiciário contra o SIMVE, entendendo ser um projeto inconstitucional e eleitoreiro.
Guerreiros incansáveis
A mais de 40 dias os aprovados acampam em frente ao palácio do governo do Estado, numa tentativa de chamar a atenção das autoridades, em especial, do governador, para sua causa. Simultaneamente fazem movimentos, passeatas, panfletagens, reuniões com autoridades ligadas ao governo, além de promover ações sociais, demonstrando, além da aptidão já agregada nos certames, vocação para servir a sociedade.
Segundo um dos líderes da comissão formada para representar os aprovados, em entrevista ao Site Revolta Brasil, Augusto Dias disse que já está acertado com Oscar Filho (reporter do CQC), que em breve será feita uma reportagem para o quadro “Proteste Já” do CQC sobre o drama enfrentado pelos aprovados, um dos programas de maior audiência em rede nacional da emissora Bandeirantes, fato que certamente dará enfase nacional para este absurdo e descaso promovido pelo governo daquele Estado.
Fonte: Revolta Brasil, imagens cedidas por Augusto Dias
A comprovação do interesse público em suprir o déficit de efetivos no Estado está sendo descartados e expostos a irregularidade da Lei Estadual 17.882/12 que visa a contratação de um serviço ilegal, imoral e inconstitucional denominado SIMVE. Estes são policiais voluntários que atuam de forma irregular, em desacordo com a Lei Federal 10.029/00. Como se não bastasse a própria Lei Estadual no art. 21 veda algumas premissas como ações de modalidade ostensiva, modalidade esta de competência exclusiva da PM e atribui ao SIMVE apenas a função em atividades administrativas e auxiliares de saúde e de defesa civil no âmbito interno. E nenhuma delas estão sendo cumpridas. A Lei Federal 10.029/00 em seu art. 5º. exige que os recrutas fiquem proibidos de qualquer espécie de policiamento ostensivo, exercício do poder de polícia, porte ou uso de arma de fogo. A Lei Estadual, portanto foi omissa, não foi concisa e sem clareza no que tange a Lei Federal. Como um policial pode atuar sem o devido poder de polícia?
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