MARINA COM JOSÉ DIRCEU, AMIGOS SEMPRE |
Um governo popular gera campanhas
sucessórias que lhes aplaudam, mesmo às vezes as opositoras. E há também
o fenômeno inverso: gestões ruins trazem a tal busca pela mudança, pelo
“novo” – a ponto de candidato da situação dizer que “mudará” tudo. É o
que acontece neste ano, diante da gestão Dilma: ela própria usa o slogan
“Muda Mais”.
O contexto, portanto, é fértil para que
apareça a manjada figura com ares míticos alegando representar “o novo”.
E, como era previsível, Marina Silva tenta adotar a personagem. Mas
faltou combinar com os fatos de seu histórico. Vejam só.
Turma da Marina
Não, a turma da candidata não são os jovens de classe-média-alta-e-ongueira da zona sul do Rio ou da Zona Oeste de SP. Nada disso. Esses são os que aparecem nas redes sociais para difundir a imagem de “novidade” aos demais incautos.
Não, a turma da candidata não são os jovens de classe-média-alta-e-ongueira da zona sul do Rio ou da Zona Oeste de SP. Nada disso. Esses são os que aparecem nas redes sociais para difundir a imagem de “novidade” aos demais incautos.
A verdadeira “turma da Marina” está no
Acre, governado pelos “sonháticos” da vida prática há 16 anos. Pode-se
notar de longe o largo progresso do glorioso estado nesse tempo todo
(especialmente considerando que tiveram um riquíssimo e poderoso governo
federal aliado nos últimos oito anos).
Ah, sim: aliado. Porque a “turma da
Marina” não é a dos ecologistas de chinelinho comendo tofu na Vila
Madalena, nem da meninada rica no barzinho do Leblon discutindo como
mudar o mundo. Nada! O grupo da Marina, no Acre, É DO PT. Isso mesmo:
Partido dos Trabalhadores (ao qual ela foi filiada e do qual foi
militante ferrenha por décadas, até a hora em que o PV ofereceu legenda
para concorrer à presidência, em 2010).
E não se trata aqui de uma “turma” no
sentido genérico. O PRÓPRIO MARIDO DE MARINA SILVA OCUPA CARGO NA GESTÃO
PETISTA DO ACRE. E não é qualquer cargo. E mais ainda: não aceitou
entregá-lo. Tem muito militante inocente que não tem a menor ideia
disso.
MARINA AMIGA E ELEITORA DE LULA |
Ministra na Época do Mensalão
Ela fala muito em ética, tal e coisa, até porque se trata de umas das demandas do povo diante da bagunça generalizada dos dias de hoje. Mas onde estava Marina Silva na época do Mensalão? No PT. E saiu do partido? Não. Nem largou seu cargo no governo Lula.
Ela fala muito em ética, tal e coisa, até porque se trata de umas das demandas do povo diante da bagunça generalizada dos dias de hoje. Mas onde estava Marina Silva na época do Mensalão? No PT. E saiu do partido? Não. Nem largou seu cargo no governo Lula.
A imprensa, no geral, trata a candidata
com uma aura de santidade, como se fosse proibido levantar os pontos
realmente complicados (digamos assim) de sua biografia. Mas os fatos são
esses: Marina Silva manteve-se no PT mesmo depois do estouro do
Mensalão.
Houve duas grandes debandadas do partido. A primeira, protagonizada
por Heloísa Helena (acompanhada de Babá e Luciana Genro), ocorreu na
ocasião da Reforma da Previdência, em 2003. A divergência ideológica fez
com que fossem expulsos do partido, depois de um longo processo de
hostilidade entre tal grupo e Zé Dirceu (entre outros). Marina, porém,
manteve-se fiel aos aliados do PT.
A segunda debandada
foi em 2005, depois que explodiu o caso do Mensalão. Saíram do partido
figuras como Plínio de Arruda Sampaio, Hélio Bicudo e Chico Alencar. Mas
Marina Silva não entendeu que tal escândalo de corrupção fosse motivo
para que rompesse com o partido.
A candidata somente resolveu sair do
PT por interesse próprio em concorrer à presidência. O que a tirou do
partido não foi divergência ideológica ou contrariedade ao Mensalão. Ela
saiu em 2009 porque o PV deu legenda para concorrer nas eleições do ano
seguinte. Ponto.
Os fatos são esses, ué. E acentuados
pelo “detalhe” do grupo de Marina Silva TER PERMANECIDO NO NÚCLEO
PETISTA DO ACRE (de cuja gestão nada menos que o marido da candidata participa e não aceita largar o cargo).
Enfim…
Ela não é o “novo”, não é renovação política nem nada do tipo. Por trás dessa bobagem “sonhática”, que talvez consiga atrair alguns desavisados, há a mesma velha política de sempre. E a turma da Marina Silva também não é formada pela meninada moderna das economias criativas, bicicletas e afins. Sua “galera” está no governo do Acre há 16 anos.
Ela não é o “novo”, não é renovação política nem nada do tipo. Por trás dessa bobagem “sonhática”, que talvez consiga atrair alguns desavisados, há a mesma velha política de sempre. E a turma da Marina Silva também não é formada pela meninada moderna das economias criativas, bicicletas e afins. Sua “galera” está no governo do Acre há 16 anos.
Quanto à imprensa, a abordagem de Marina
beira a santificação. Tratam como uma figura quase sagrada – mesmo
diante desse histórico, das denúncias, de tudo.
Exemplo de como ela é imune: ninguém na
tal “mídia” criticou – ou mesmo fez qualquer observação – quanto à
postura de “viúva” na cerimônia fúnebre de Eduardo Campos. Se fosse
qualquer outro político, isso seria visto (com razão) como o auge do
oportunismo.
MARINA FOI MINISTRA DE LULA |
Tentam fazer parecer que ela é
diferente, mas é igual aos demais. Marina Silva, sob todos os aspectos e
diante de todos os fatos, representa a mais velha e lamentável
política.
Passada a comoção, será difícil fugir dos fatos.
Fonte: http://www.implicante.org/blog
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