Um crime que chocou os moradores do município de Cambuci no dia 11 de
abril desse ano, foi desvendado pela polícia. Naquele dia o corpo de
Rosemilton de Morares Machado, de 48 anos, conhecido como “Bodinho”, foi
encontrado por moradores decapitado e boiando no Rio Paraíba do Sul,
próximo ao centro do município.
Rosemilton trabalhava como carroceiro, e estava desaparecido desde o
dia oito de abril. O corpo foi encontrado há mais de quatro quilômetros
do local onde o crime aconteceu, e só foi identificado pelo irmão da
vítima através de uma tatuagem no braço direito.
Após um trabalho de investigação e inteligência da 142ª Delegacia
Legal do município, a polícia conseguiu desvendar detalhes do crime e
chegou até cinco integrantes da mesma família, vizinhos da vítima. Uma testemunha que terá o seu nome
preservado para sua segurança, foi a peça principal para desvendar esse
“quebra-cabeça”.
Segundo informações da polícia, em depoimento a testemunha contou que
viu um menor e o seu irmão, o Carlos Henrique, imobilizando “Bodinho”
com ajuda da Sueli e da Vanessa, suas companheiras, e que a Luciana, mãe
do menor e do Carlos Henrique, presenciou o crime. A testemunha
conseguiu ver até o momento em que os acusados levaram a vítima para a
casa deles.
Com
o depoimento da testemunha, a polícia foi até a residência da família
onde aconteceu o crime, que fica em frente a casa da
vítima no bairro da Boia, onde foi feita uma perícia com a utilização do
luminol para detectar sangue. Sete amostras foram recolhidas, mas todas
deram negativas. Mesmo assim, o juiz entendeu que havia elementos
suficiente no depoimento da testemunha e decretou a prisão dos cinco
integrantes da família no último dia 31 de julho, por estarem juntos no
dia do crime.
O menor identificado pelas iniciais H.Z.F.C., de 16 anos, e sua
esposa Sueli Estolé Faria, de 19 ano, foram presos às 8h da manhã do dia
cinco desse mês em uma residência em Pureza, terceiro distrito de São
Fidélis. A casa onde os dois foram encontrados fica próximo ao posto de
combustíveis do distrito.
Após a prisão do menor, os policiais civis foram até Portela,
distrito de Itaocara para tentar prender a mãe do mesmo, mas Luciana
Ribeiro Zanadi, de 42 anos, não estava em casa. Um companheiro da mesma
disse aos policiais que Luciana teria ido até Itaocara, mas que voltaria
no mesmo dia. Ao chegar em casa, Luciana se dirigiu até a delegacia de
Cambuci para saber o que estava acontecendo, e acabou sendo
presa. Outros dois integrantes da família não foram encontrados pela
polícia e continuam foragidos.
O menor confessou o crime e disse que apenas o irmão teria
participado da ação. O mais chocante dessa história, foi a revelação do
que teria motivado o crime. Em depoimento o menor contou que o motivo,
era que o “Bodinho” ficava se masturbando na frente de sua residência. O
mesmo trajeto contado pelo menor, coincide com o depoimento da
testemunha.
Ainda de acordo com o menor, o mesmo teria chamado a vítima para
fumar um “baseado”(cigarro de maconha) e que o irmão já estava esperando
no quintal da residência.
Quando os dois entraram, o Carlos Henrique deu uma “gravata” na vítima
(enforcou) até que a mesma morresse. Na foto acima, o local onde a
vítima foi enforcada, próximo a uma pedra e uma torneira.
Os dois levaram o “Bodinho” para o fundo do quintal próximo ao rio,
onde o Carlos Henrique deu um facão ao menor e disse: “corta”. Ainda
segundo o menor, o mesmo cortou o pescoço da vítima até achar um osso, e
que devolveu o facão para o irmão terminar o serviço. Na foto ao lado
aparece o local onde a vítima foi decapitada. Os autores do crime usaram
uma inchada para apagar os vestígios de sangue na terra.
Quando os policiais perguntaram o que eles fizeram com a cabeça da
vítima, o menor foi frio e disse: “demos um chute e ela está ai no rio.
Peixe já deve ter comido”. Na foto ao lado aparece o local apontado pelo
menor onde o corpo foi jogado no rio.
Ainda em depoimento, o menor contou que o facão usado no crime, foi
jogado em um pasto na estrada que liga o trevo da Boia até a localidade
de Usina Pureza em São Fidélis. A polícia levou o menor até o local, fez
buscas na região mas não conseguiu achar o facão.
“Vocês só acharam o corpo porque meu irmão não deixou eu cortar a
barriga do “Bodinho” e encher de pedras.Vacilão tem que morrer”, disse o
menor aos policiais.
Para a polícia, a motivação do crime seria o tráfico de drogas, mas
isso não será mais possível descobrir, pois a principal testemunha que é
a vítima, está morta. O caso segue em investigação na Delegacia Legal
de Cambuci.
As mulheres foram encaminhadas para o presídio Carlos Tinoco da
Fonseca em Campos. O menor foi encaminhado para o Departamento Geral de
Ações Socioeducativas(Degase) em São Fidélis.
Carlos Henrique Zanadi Amorim, de 25 anos, e sua esposa Vanessa
Barbosa de Souza, de 21 anos, ainda estão foragidos. Caso você alguma
informação sobre o paradeiro dos dois, entre em contato com a delegacia
de Cambuci através do telefone (22) 2767-2725 ou com a Polícia Militar
através do 190. Você não será identificado.
Fonte: http://sfnoticias.com.br
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