sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Irmão de Perillo é denunciado por desviar dinheiro

Suspeito de desviar dinheiro público na Assembleia Legislativa de Goiás, Antônio Pires Perillo, irmão do governador Marconi Perillo (PSDB), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) por crime de peculato.
Resultado da operação Poltergeist, que apura a contratação de funcionários fantasmas, a acusação apresentada ao Tribunal de Justiça também cita o envolvimento no esquema criminoso do deputado estadual tucano Daniel Messac, dos vereadores Divino Rodrigues dos Reis (PROS), de Goiânia, e Fábio de Souza Santana (PDT), de Minaçu, e outras 32 pessoas.
Alvo de investigações do MP-GO há mais de um ano, o esquema de desvio de recursos era realizado com a contratação de servidores para os gabinetes, que não trabalhavam na Assembleia e tinham que devolver de 80% a 90% das remunerações recebidas por transferência bancária ou em espécie.
Segundo o MP-GO, o esquema era comandado pelo diretor-geral da Assembleia, Milton Campos, e seu irmão, Adailton Ferreira Campos, responsável por aliciar as pessoas contratadas e recolher a parte das remunerações mensais. 
Os nomes dos contratados também seriam indicados pelo irmão do governador Marconi Perillo. Com o escândalo, Milton Campos foi exonerado do cargo.
Nas apurações dos crimes, os promotores constataram ainda que o grupo utilizava notas fiscais de serviços não realizados para desvio de recursos do gabinete, carro oficial para tarefas particulares e promoviam o direcionamento de processos licitatórios. As pessoas citadas na denúncia vão responder por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
O MP-GO solicitou ainda o afastamento imediato do deputado Daniel Messac e dos vereadores Divino Rodrigues dos Reis e Fábio de Souza Santana.
A suspensão do exercício das funções públicas e da validade das nomeações também foi pedida contra Adailton Ferreira Campos e outros 30 acusados.
O volume desviado pela quadrilha ainda não foi divulgado pelo MP-GO. Em Goiás, a operação foi promovida pela Procuradoria-Geral de Justiça, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP e o Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).

Segundo o procurador-geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira, as investigações continuam e novos fatos devem ser divulgados nos próximos dias. Estão em avaliação os materiais apreendidos como computadores, documentos e dinheiro.
Fonte:  http://noticias.uol.com.br

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