12 pessoas são presas pela polícia federal
O presidente do grupo Meio Norte, Paulo Guimarães foi conduzido pela
PF em São Paulo para prestar esclarecimentos. A justiça expediu ainda
mandados de condução coercitiva, um deles cumprido com o diretor
financeiro da Alemanha Veículos, Luis Carlos. Ao total, 12 pessoas foram
conduzidas pela Polícia Federal, duas em São Paulo e outras 10 em
Teresina e Timon.
A maioria são pessoas do primeiro e segundo escalão do Grupo Meio
Norte, entre gerentes e diretores de empresa, que seguem na sede da
Polícia Federal prestando esclarecimentos.
Segundo a nota, o grupo que possui ampla área de atuação comercial, é
investigado pela sonegação de tributos, que em 2013 chegaram ao valor
de R$ 896 milhões. As investigações mostraram que a organização usava “laranjas”
e empresas de offshore, sediadas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens.
Para driblar a investigação o grupo realizava sucessivas mudanças nos
quadros societários das empresas devedoras do fisco para afastá-las de
seus verdadeiros proprietários e transferiu seus ativos para novas
pessoas jurídicas também constituídas com o emprego de “laranjas” e offshores, deixando as devedoras “desmontadas”, apenas com as dívidas.
Para evitar o efetivo pagamento dos débitos tributários e impedir a
persecução penal em desfavor dos responsáveis, os envolvidos nas fraudes
aderiram a programas de recuperação fiscal, legalmente previstos em
conformidade com a Receita Federal, arrolando, em garantia, bens de
baixos custos (cadeiras e aparelhos de ar condicionado, por exemplo),
com o que conseguiam estabelecer parcelas mensais ínfimas, cujo
pagamento integral nunca será concretizado.
A Operação Sorte Grande contou com a participação de 85 policiais
federais, entre delegados, peritos, escrivães e agentes, além de 18
auditores e quatro analistas tributários da Receita Federal.
O Grupo Meio Norte, liderado por Paulo Guimarães, atua nas áreas de
comunicação (TV, rádio e jornal), venda de veículos (concessionárias),
empreendimentos imobiliários (construção de shopping centers e outros
imóveis), educação (faculdades) e de saúde (hospital e operadoras de
plano de saúde). São cerca de 50 empresas que estariam envolvidas no
esquema de fraude.
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