O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que a única
solução para a região é a destruição de Israel. Disse ainda que o
confronto armado deve se expandir para além de Gaza e que o exército
iraniano poderia destruir o sistema de defesa antimísseis de Israel,
chamado de Cúpula de Ferro.
A guerra em Israel já matou mais de
mil palestinos e dezenas de israelenses. A ONU exigiu um cessar-fogo,
mas o Hamas, que controla Gaza tem violado todas as tentativas nesse
sentido nas últimas semanas.
“Estes crimes estão além da
imaginação e mostram a verdadeira natureza do regime de lobos e
assassinos de crianças, (cuja) única solução é a sua destruição”,
afirmou o aiatolá, a Agência de Notícias Fars. O vice comandante da
Guarda Revolucionária do Irã prometeu iniciar uma vingança contra
Israel.
“Vocês [povo de Israel] são árvores sem raízes, que foram
plantadas em terras islâmicas pelos britânicos”, disparou o general
Hossein Salami. Esta afirmação se refere à Declaração de Balfour, que
iniciou o desmantelamento do Império Otomano depois a Primeira Guerra
Mundial e resultou posteriormente na criação do Estado de Israel, em
1948.
“Vamos persegui-los de casa em casa e vingar cada gota de
sangue derramado de nossos mártires da Palestina”, prosseguiu Salami.
Lembrou ainda uma declaração do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador do
regime islâmico iraniano. “Imã [Khomeini] afirmava que Israel deve ser
varrido da face da Terra, assim deu uma verdadeira mensagem para o
mundo. Esta mensagem iluminou os muçulmanos e torna-se um conceito nas
ruas da Síria, do Líbano e da Palestina”.
Além disso, ameaçou: “O
fim do regime sionista chegou. Os movimentos islâmicos estão armados, os
mísseis estão posicionados… Estamos confiantes de que as promessas de
Alá se tornarão realidade e, no fim do mundo o islã será o cemitério
dos Estados Unidos e as políticas do regime sionista, juntamente com
seus aliados na região. A bandeira do Islã será levantada”.
O Irã
passa por um delicado processo de negociação com os EUA e recebeu 2,8
bilhões de dólares pelo alívio das sanções impostas pela ONU e a
administração Obama. Em troca ofereceria em Genebra a busca de uma
solução pacífica para o seu programa nuclear irregular.
O governo
iraniano não se manifestava tão fortemente contra Israel desde março do
ano passado, quando Khamenei ordenou que todas as forças armadas do
regime islâmico se preparassem para uma guerra iminente. Afirmava que
Israel estava prestes a atacá-los e por isso convocou todos os muçulmanos para se unirem a eles na “última guerra”.
Alirezza Forghani, chefe-estrategista de Khamenei, divulgou em 2012 um relatório onde mostrava que poderiam “varrer Israel do mapa” em apenas 9 minutos.
A manobra militar atacaria os distritos com elevada taxa de
população. Os mísseis Shahab 3 seriam responsáveis por matar 60% da
população judaica na primeira investida.
Posteriormente, seriam
disparados todos os mísseis Sejil a partir de Teerã, tendo como alvo as
usinas nucleares em Dimona e Nahal Sorek. Mais tarde, os mísseis
iranianos seriam lançados sobre a infraestrutura básica do Estado judeu:
aeroportos, usinas de força e instalações de tratamento de água. Por
fim, mísseis Ghadar seriam usados para destruir os assentamentos
humanos. Com informações de Agência Fars e Daily Caller.
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