CPMI mostra envolvimento da SERPES no esquema Cachoeira.
Trechos do relatório da CPMI do Cachoeira, que mostra o envolvimento
da empresa SERPES nos interesses de Carlos Cachoeira. Contratada pela
campanha do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) em 2010, a Serpes
Pesquisas de Opinião e Mercado recebeu R$ 56 mil da Alberto e Pantoja,
acusada de lavar dinheiro do esquema de Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira. O valor foi depositado em duas parcelas de R$ 28
mil na conta de Ana Cardoso de Lorenzo, sócia do instituto de pesquisa,
em 6 de setembro de 2010, um mês após o serviço ter sido registrado pelo
Tribunal Superior Eleitoral. O Comitê Único do PSDB pagou o trabalho de
“pesquisa e testes eleitorais” em duas parcelas: R$ 23,4 mil e R$ 7,5
mil. O Serpes também aparece em áudios da Operação Monte Carlo. Ana
Cardoso foi chamada a depor, porém não compareceu, e por meio de seus
advogados enviou um documento pedindo a prorrogação de seu depoimento.
No documento encaminhado à CPI, ela admite ter recebido R$ 28 mil pelo
trabalho, que por sua vez, foi solicitado por Edivaldo Cardoso,
ex-presidente do Departamento Nacional de Trânsito (Detran) de Goiás.
Edivaldo teria sido indicado ao cargo por Carlos Augusto de Almeida
Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) pediu a Cachoeira ajuda
financeira para bancar pesquisa eleitoral. Num grampo, o parlamentar
recorre ao contraventor para obter patrocínio de R$ 7 mil para uma
sondagem de intenção de votos à Prefeitura de Goiânia. “Cê não arruma um
patrocinador pra uma pesquisa do Serpes, não? É R$ 7 mil”, diz o
deputado ao contraventor, num telefonema de 22 de agosto de 2011,
interceptado pela PF. “Vê se fala com uns amigos seus lá de Anápolis.
Sete mil conto, bem feita. Mil e cem entrevistados. Margem de erro é
(de) 2%”, explica. O Serpes confirmou que presta serviços para o
deputado Sandes Júnior.
A imagem abaixo mostra as páginas 767 e 807 do relatório final da CPMI do Cachoeira.
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