"Não
há palavras para expressar adequadamente minha raiva e indignação",
disse um comissário da ONU, a respeito de mais um ataque do exército
israelense contra escola palestina.
Nem a minha. Nada que eu pudesse escrever superaria o impacto da simples leitura dos dois textos que transcrevo abaixo.
A presidenta Dilma Rousseff foi cautelosa, disse que estamos diante de massacres, não de um genocídio.
Decidam
os leitores se trata-se ou não do "extermínio sistemático de pessoas
tendo como principal motivação as diferenças de nacionalidade, raça,
religião e, principalmente, diferenças étnicas".
Eu não hesito um segundo para afirmar: É GENOCÍDIO, SIM. DOS MAIS BESTIAIS!
"CRIANÇAS FORAM MORTAS ENQUANTO DORMIAM AO LADO DE SEUS PAIS"
O chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da
Palestina (UNWRA) classificou de "vergonha universal" o ataque
israelense nesta quarta-feira (30) contra uma escola mantida pelo
organismo no campo de refugiados Jabaliya, na faixa de Gaza, onde
centenas de palestinos haviam se refugiado. Ao menos 19 morreram e 90
ficaram feridos no ataque.
"Ontem à noite, crianças foram mortas enquanto dormiam ao lado de seus
pais no chão de uma sala de aula em um abrigo da ONU em Gaza. Crianças
mortas enquanto dormiam; isso é uma afronta para todos nós, uma fonte de
vergonha. Hoje o mundo está em desgraça", afirmou em nota Pierre
Krähenbühl, comissário-geral da UNRWA.
"Não há palavras para expressar adequadamente minha raiva e indignação", afirmou.
Segundo Krähenbühl, este ataque foi o sexto contra uma escola mantida
pela UNRWA em Gaza. "Nossos funcionários estão sendo mortos. É um ponto
de ruptura."
O Exército de Israel não confirma o ataque contra a escola da ONU -- e diz que militantes estavam disparando do local.
Mas, na nota, a UNRWA afirma não ter dúvidas de que o ataque foi realizado por Israel.
"Visitamos o local e coletamos evidências. Analisamos fragmentos,
examinamos as crateras e outros danos. Nossa avaliação inicial é de que
foi a artilharia israelense que atingiu nossa escola, em que 3.300
pessoas haviam se refugiado. Acreditamos que houve ao menos três
impactos", afirmou.
Ainda de acordo com a nota, a
localização da escola e a informação de que estava sendo ocupada por
refugiados foram comunicadas ao Exército israelense 17 vezes, a última
delas horas antes do bombardeio.
O Exército israelense, em uma primeira resposta à morte de 20
palestinos em uma escola administrada pela ONU em Gaza nesta
quarta-feira (30), disse que militantes próximos à instalação atiraram
bombas de morteiro e as forças israelenses foram obrigadas a revidar. (UOL, com despachos das agências internacionais)
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