sexta-feira, 25 de julho de 2014

ISRAEL ESTÁ TENTANDO EXTERMINAR POVO PALESTINO

Mais uma vez, desde a criação do Estado de Israel, estamos
assistindo a mais uma guerra, e mais uma vez contra os palestinos.

Argumentos não faltam, para os sionistas justificarem a inominável covardia que vêm cometendo, em ação de genocídio dos palestinos, sem poupar nem mesmo os velhos, mulheres e crianças.

A desproporção de forças é enorme e aqui não há a menor possibilidade de David vencer Golias.

Israel tem hoje uma das mais formidáveis e sofisticadas máquinas de guerra do planeta e salvo conduto para fazer o que quiser.

Nada na economia de Israel justifica isso, situação que só é possível se analisarmos o país como uma grande base militar norte americana no oriente médio, que chegou ao que é hoje em função da Guerra Fria, quando o ocidente fez investimentos maciços, como posto avançado, para vigilância e intimidação da então União Soviética e da China.

Por conta disso multiplicaram o próprio território por seis, desde a sua fundação, em 1948, em atos de pirataria e saque, reduzindo a Palestina, originariamente muitas vezes maior que Israel a pouco mais que um bairro no deserto, menor que o município (capital) do Rio de Janeiro.

A geopolítica e o fluxo de capital do petróleo, do Oriente Médio para a Europa e os Estados Unidos justificam e garantem isso, mas há um outro componente.

Imagine que o Brasil resolvesse se aproveitar da sua superioridade bélica e praticar a mesma política sionista com um dos nossos países vizinhos: a resistência interna, do povo brasileiro, seria tão grande que inviabilizaria a ação, a menos que antecedida de um violento ataque ou invasão do nosso território.

Quero lembrar que no episódio da nacionalização da refinaria da Petrobrás, por Evo Morales, um bando de parlamentares papalfafa exigiram intervenção militar, em plenário, a começar por Álvaro Dias e o atual candidato à presidência da república, Aécio Neves.

Em Israel as tevês mostram os massacres ao vivo e chegaram ao cúmulo de construir mirantes, para que a população civil, como num piquenique ou passeio, assista ao massacre in loco.

Praticamente todo o povo de Israel é a favor da guerra e torce pela extinção dos palestinos, e porque isso?

Há dois discursos: o da geopolítica, da economia, dito à classe dominante, beneficiária da guerra que lhes engorda as contas bancárias, e o religioso, dito à plebe, à classe dominada, nas sinagogas, agradecendo a Jeová mais uma vitória.

Juntando os dois discursos, a realidade: devolver a Israel as suas fronteiras originais, bíblicas.

O argumento para a opinião pública internacional é de que os sionistas estão só se defendendo. Mentira.

Primeiro porque os foguetes lançados pelo Hamas não são contra populações civis em Tel Aviv (exceto agora, quando um foguete caiu no aeroporto Ben Gurion, como retaliação palestina), mas sobre as terras indevidamente ocupadas, e segundo que, tão logo ocupam as terras alheias os sionistas fazem assentamentos, de maneira a garantir a posse da terra para sempre.

Em Israel unem-se em uma santíssima trindade: capitalistas pai, militares filho e fanáticos religiosos espírito, o que permite e justifica tudo.

Em outros lugares do mundo capitalistas e líderes religiosos já se juntaram. Só falta anexar os militares, em nome de Deus também.
Francisco Costa

Rio, 25/07/2014.

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