sexta-feira, 18 de julho de 2014

ISRAEL CONTINUA SUA ESCALADA DE TERROR COM AVAL DE GRANDES NAÇÕES


O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya’alon ordenaram ao Exército que invadisse a Faixa de Gaza, na tarde desta quinta-feira (17). No início do dia, uma operação divulgada pela Chancelaria israelense teria destruído um túnel através do qual 13 pessoas tentavam entrar em Israel e um novo ataque aéreo matou 10 palestinos, inclusive três crianças. Já são 240 palestinos mortos em 10 dias, majoritariamente civis.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho


AFP
Caminhões transportaram tanques israelenses para a fronteira com a Faixa de Gaza na iminência de uma ofensiva terrestre na semana passada.
Pouco depois de um período de seis horas de cessar-fogo demandado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que pudesse enviar ajuda humanitária a Gaza, o governo israelense decidiu expandir a ofensiva contra os palestinos, lançando o ataque aéreo que matou mais 10 pessoas. Entre elas estavam três crianças da mesma família, na Cidade de Gaza: Fulla Tariq Shuhaibar, Jihad Issam Shuhaibar e Wasim Issam Shuhaibar, de acordo com a agência palestina de notícias Maan.

Entre as vítimas fatais resultantes da operação “Margem Protetora” anunciada em 8 de julho por Israel estão cerca de 50 crianças, de acordo com fontes diplomáticas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Além disso, a maior parte dos mortos é civil, mas a extensão da ofensiva deve ser ainda mais agressiva, com a invasão de dezenas de tanques e milhares de soldados há dias estacionados na fronteira, preparados.

Em discussão recente com Netanyahu, o chanceler israelense Avigdor Lieberman disse que a operação só deveria terminar quando Israel reocupasse completamente a Faixa de Gaza, de onde se retirou em 2005, mantendo o território bloqueado.

Ainda assim, as “Forças de Defesa de Israel” anunciaram em sua página oficial “uma nova fase” da operação, “após 10 dias de ataques do Hamas contra Israel por terra, ar e mar e rejeições repetidas por uma distensão da situação.” Os oficiais israelenses acusam o Hamas – partido à frente do governo de Gaza, mas que classificam de “organização terrorista” – de usar civis como “escudos humanos”, o que demonstra o esforço das autoridades em justificar o elevado número de mortos entre a população civil palestina como consequência dos seus ataques.
Em resposta aos contínuos bombardeios e ao bloqueio completo do território litorâneo, além das prisões arbitrárias e assassinato de membros do Hamas na Cisjordânia e em Gaza, as Brigadas Ezedin Al-Qassam, do Hamas, as Brigadas Abu Ali Mustafa, Al-Nasser Salah al-Din e a Resistência Nacional assumiram a responsabilidade por alguns dos foguetes produzidos por eles próprios lançados nesta quinta contra o sul de Israel. Até hoje, um israelense morreu vítima de um ataque.
Entretanto, além das toneladas de bombas lançadas desde caças F-16, veículos aéreos não tripulados (drones) e da frota da Marinha posicionada na costa da Faixa de Gaza, a ofensiva israelense agora também se dará por terra, com a invasão já ordenada. Em publicação no Twitter, as "Forças de Defesa de Israel" anunciaram, na tarde desta quinta: "Nossa infantaria, tanques, artilharia, engenheiros e inteligência de campo estão entrando em Gaza respaldados pela Força Aérea, Marinha e outras agências de segurança."


Como na guerra que impôs contra Gaza durante 22 dias, entre 2008 e 2009, em que também houve invasão terrestre, Israel atua com uma desproporcionalidade flagrante já denunciada por diversas organizações internacionais, inclusive pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, o que leva movimentos de apoio ao povo palestino a classificar a situação como um massacre deliberado.
O gabinete de segurança do governo israelense ainda deve reunir-se na sexta-feira (18) para discutir a expansão da operação. A acusação contra o Hamas e a insistência em responsabilizar o partido pela escalada da situação se dá pela recusa do partido em aceitar um cessar-fogo insuficiente e favorável a Israel - uma vez que prevê apenas o fim das hostilidades diretas, mas mantém o território palestino em estado de sítio desde 2006, sujeito às repetidas ofensivas israelenses.


O acordo foi proposto pelo Egito e pelo ex-ministro do Reino Unido, Tony Blair, que é o representante do chamado “Quarteto” (ONU, União Europeia, Rússia e Estados Unidos) no perpétuo e inócuo “processo de paz”
Fonte:  http://www.vermelho.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário