O Juízo da 1ª Vara da Comarca de Aracati expediu um mandado de prisão preventiva contra o cobrador de ônibus, Clécio de Oliveira Braga, 32, acusado de matar a paranaense Ângela Maria Barba, 28, em março deste ano. O inquérito instaurado pela Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) já foi encaminhado à Justiça, que entendeu que o procedimento continha elementos suficientes para manter o cobrador preso, sob a acusação de latrocínio (roubo seguido de morte).
A delegada Adriana Arruda, que presidiu o inquérito disse que não há duvidas sobre a autoria do fato e que agora se iniciam os trâmites processuais. "Mesmo negando o crime, não fica nenhuma dúvida quanto a isto. A prisão preventiva não tem validade. Ele ficará no presídio, enquanto espera julgamento", declarou.
A delegada titular da Deprotur afirmou também, que o computador do cobrador está sendo periciado, no sentido de detectar se ele fez outras vítimas.
O corpo da jovem foi encontrado dentro de um veículo às margens da BR-304,no Município de Aracati, no último dia 05 de março. Como não foi identificado, permaneceu na sede da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), até que os familiares denunciaram o desaparecimento de Ângela Maria e a Polícia comprovou que o corpo sem identificação era o da paranaense.
O laudo da Coordenadoria de Criminalística (CC), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) apontou que a vítima teria morrido em decorrência de um traumatismo craniano, causado por golpes de um objeto contundente. Após apurações, a Polícia descobriu que Ângela Maria estava mantendo um relacionamento, que começou nas redes sociais, com Clécio Braga.
O delegado Andrade Júnior afirmou, a época do crime, que ele teria se aproveitado de um momento de fragilidade, em que ela se separava do companheiro, para ganhar sua confiança e se aproximar.
O último contato que a paranaense fez com a família ocorreu no último dia 24 de fevereiro, segundo a Polícia. A vítima que era formada em Química, teria pedido demissão da empresa em que trabalhava, no bairro Bessa, em João Pessoa na Paraíba, e desaparecido deixando para trás até seus objetos pessoais.
A Polícia descobriu, ainda, que antes da decisão de se mudar para Fortaleza, a vítima recebeu uma visita de Clécio, em João Pessoa. Na ocasião, ele se hospedou em uma pousada usando um nome falso.
As investigações da Polícia Civil indicam que ele seduziu a jovem e a convenceu a abandonar tudo e seguir com ele para Fortaleza. Dias depois, a garota foi encontrada morta. Os policiais acreditam que Ângela foi assassinada em Fortaleza e o corpo foi abandonado em Aracati.
Em casa
Diante de todos os indicativos, Clécio Braga acabou sendo preso, em sua casa, no bairro Carlito Pamplona, no dia 28 de março. Ele é casado e pai de uma criança de quatro anos.
Diante da comprovação de que ele teria efetuado um saque da quantia de R$ 28 mil da conta-corrente de Ângela, depois de praticar o crime e de ter efetuado algumas compras, ele foi acusado de latrocínio.
Segundo a Polícia, ele negou, em depoimento ser o autor do crime. No entanto, confessou ter mantido um relacionamento com ela, mas não soube explicar aos policiais por que os objetos pessoais da jovem estavam em seu poder.
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