Na tentativa de defender a gestão das finanças e a contratação de R$ 19 bilhões adicionais em empréstimos nos últimos 11 anos por administrações do PSDB, o secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, acabou reconhecendo, em entrevista ao jornal Hoje em Dia, que o endividamento está próximo de estourar os limites legais. Segundo ele, pela Resolução 43 do Senado, o limite do comprometimento anual do orçamento com encargos de dívidas consolidadas a 11,5% da receita corrente líquida e Minas já atingiu um percentual de 11,4%.
Em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação também é extremamente delicada. Colombini diz que o último relatório da Secretaria de Fazenda, de setembro de 2013, apurou que a dívida líquida do Estado equivalia a 170% da receita corrente líquida, um percentual perigosamente próximo do limite de 200%.
Minério de ferro e café
Na mesma entrevista, Colombini admitiu que a economia mineira não anda bem, mas garantiu que o Estado vai reduzir o custeio. Ao explicar os números ruins, o secretário admitiu que a economia mineira continua sendo movida basicamente a minério de ferro e café, como em meados do século passado. Ele citou a queda do preço da saca do café – de R$ 500 para R$ 250, e do minério, que pouco rende à receita do Estado. "Estamos tomando medidas que até ano que vem vão reduzir em R$ 1 bilhão o custeio", prometeu Colombini.
A dívida do Estado supera R$ 79 bilhões. Em números absolutos, é a segunda maior entre as unidades da federação, perdendo apenas para São Paulo, que tem uma arrecadação muito maior. Em valores proporcionais à receita, a dívida mineira também é a segunda maior, só perdendo para o Rio Grande do Sul. Em 2013, Minas foi um dos três estados que não conseguiu reduzir o endividamento.
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