segunda-feira, 19 de maio de 2014

ACIDENTE GRAVE COM ÔNIBUS QUE FARIA EXCURSÃO EM CALDAS NOVAS

Nove pessoas morreram e pelo menos outras 46 ficaram feridas após se envolverem em um gravíssimo acidente na BR-262, em Luz, no centro-oeste de Minas Gerais, na noite desse domingo (18).

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o ônibus de turismo em que as vítimas seguiam de Caldas Novas, em Goiás, em direção a Belo Horizonte, caiu em ribanceira de 10 m, no km 509.
O acidente ocorreu depois que o motorista perdeu o controle da direção e o veículo saiu da pista, na altura de ponte que passa por cima de rio. Esse trecho é bastante perigoso e chamado de "Curva da Estiva". Chovia muito na hora da queda.
Devido à perda de controle, o ônibus chegou a capotar várias vezes e sete pessoas morreram na hora. As outras vítimas faleceram no Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Luz, e ou a caminho do Hospital de Pronto-Socorro João 23, na capital mineira.
Na hora do acidente, o veículo, que pertence à empresa e turismo Graça Tour, transportava 54 pessoas, sendo 52 passageiros e dois motoristas. O gerente da empresa não quis falar sobre o ocorrido.
A Polícia Civil (PC) confirmou a identificação de uma décima vítima do acidente ocorrido na noite deste domingo (18) na BR-262, em Luz, no Centro-Oeste do Estado. Maria das Graças Teixeira Cassino, que é dona da empresa Graça Tour, que organizava a excursão para Caldas Novas, em Goiás, acabou falecendo nesta segunda-feira (19) em uma unidade de saúde de Divinópolis, na mesma região.
A tragédia com o ônibus de turismo da empresa Transjapa aconteceu por volta das 18h, na altura do KM 509. De acordo com o agente da PRF, Lincon Teixeira, chovia no momento do acidente e o motorista teria perdido o controle da direção, saído da pista, caído em uma ribanceira e ainda capotado.
No ônibus estavam 54 passageiros, também conforme a PC, sendo que delas 31 ficaram feridas. Entre os feridos está um menino de seis anos, que passou por uma cirurgia nesta segunda-feira (19) no Hospital João XXIII. Segundo a Fhemig, apesar do traumatismo craniano, o garoto não corre risco de morte após a cirurgia. 
O delegado de trânsito da 2ª Delegacia Regional de Bom Despacho, Fábio Henrique Xavier e Silva, informou que uma vistoria preliminar foi realizada na documentação do ônibus, e indica que a autorização do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para transporte de passageiros, bem como o licenciamento e seguro estariam em dia.

Um inquérito será aberto e laudo definirá a causa do acidente. "Vamos averiguar a situação da pista e avaliar em quais circunstâncias se deu o acidente, se o ônibus falhou ou se foi erro humano", alega Silva e informa que o prazo inicial é de 30 dias para a conclusão das investigações.
A empresa Graça Tur, que locaria o veículo da Transjapa para realizar as excursões, informou que o diretor Walder Teixeira Filho está retornando de viagem ao exterior e responderá oficialmente a partir desta terça-feira (20).
Veja a lista dos mortos:
Antônio Teixeira Amorim, 62
Fortunato Braga Amorim
Francisco Avelino Martins, 82
Izaura Cassini Teixeira, 78
Luciene Maria da Conceição Assis
Maria Aparecida Pedrosa, 58
Maria José Monteiro Dias, 76
Santuza Pereira Martins, 78
Sônia Aparecida Honorato, 56
Maria das Graças Teixeira Cassino

Relatos de familiares
Entre os passageiros do ônibus acidentado estavam famílias inteiras. É o caso da família de Jonas Lopes Guimarães, de 63 anos, um dos feridos no acidente que se recupera no Hospital João XXIII, em BH. Com ele, estavam outros sete familiares, dentre eles sua sogra Maria José Monteiro, de 77, que faleceu na tragédia. Ela estava acompanhada por três filhos e pelo marido, João Ferreira Diniz, 85, com quem era casada há 60 anos. Guimarães não corre risco de morte, segundo a assessoria da Fhemig, mas fraturou cinco costelas, uma clavícula, um braço e um fêmur. 
O pedreiro Osvaldo Pedrosa, de 62 anos, saiu de Belo Horizonte para Luz esperando prestar auxilio à sua irmã, Maria Aparecida Pedrosa, de 58, que estava no hospital Senhora Aparecida. Mas ao chegar à unidade, soube que sua irmã havia falecido. "Eu me sinto perdido com essa situação toda", desabafa.
Luci Jane Coelho, 39, administradora, também saiu da capital ao saber que parentes estavam entre as vítimas do acidentes. Uma tia e uma prima se feriram, mas já o seu tio, Fortunato Braga Amorim, não resistiu. "Uma amiga que estava no ônibus nos ligou e disse que ainda não sabia do estado dos nossos parentes. Quando soubemos da morte do nosso tio, ficamos passados". Amorim morava na cidade de Aranha, onde o corpo deve ser enterrado. 



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