A agente de saúde C.A.S., 24 anos, foi agredida com uma vara de árvore e puxões de cabelo após tentar orientar a doméstica M.D.T., 56 anos, dona de uma chácara, localizada na Estância São Miguel Arcanjo, ontem de manhã, em Rio Preto, sobre os procedimentos que devem ser adotados para eliminar as larvas do mosquito da dengue encontradas no local. O pescoço e parte do ombro da agente foram arranhados e ela reclamava de muita dor de cabeça mesmo após dez horas do momento da agressão. A agente de saúde ainda foi vítima de discriminação racial.
“Tomei remédio hoje (ontem) o dia todo, mas a dor de cabeça não passa, se não melhorar terei que procurar um médico. Não houve discussão, ela simplesmente começou a me agredir. Depois soube que o marido dela engravidou uma moça que se parece comigo. Esse pode ser o motivo, porque ela estava transtornada”, contou a agente de saúde.
C. A.S. disse ainda que a entrada dela e de outros dois agentes de saúde foi permitida pelo marido da doméstica e no começo da inspeção, a agressora não os impediu. “Foi de repente que ela nos expulsou de lá e começamos a ir embora. Eu já havia feito a coleta das amostras e o nosso procedimento é não insistir quando o dono do imóvel rejeita o nosso trabalho”.
Em razão das agressões e por ter sido ofendida devido a sua cor de pele, C.A.S., afirmou que irá procurar a Delegacia de Defesa da Mulher para fazer a denúncia. “Ela me xingou de negrinha safada. As pessoas têm o direito de não querer que entremos na casa delas e isso nós respeitamos, mas dessa vez não foi o que aconteceu. Eu estava trabalhando e fui agredida sem motivos e até humilhada”.
A polícia militar foi chamada pela equipe de saúde que trabalhava juntamente com C.A.S. e um boletim de ocorrências foi registrado. M.D.T., disse aos policiais que foi agredida com um soco no olho esquerdo, mas eles constataram no boletim de ocorrências que ela não apresentava lesões.
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