sábado, 15 de junho de 2013

CONHEÇA O VERDADEIRO MARCONI PERILLO



Acusações e condenações

Recebimento de propina

Em inquérito5 aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), Marconi Perillo é investigado pela suspeita de ter recebido R$ 2 milhões de propina na época em que foi governador do estado de Goiás entre 1999 a 2006.
A denúncia (Inquérito 2481)5 foi feita a partir de interceptações telefônicas, em que um grupo de empresários do ramo de proteína animal negociava pagamento de propina para o então governador. Três meses depois dessas ligações, o governador aprova desconto fiscal de 7% para as empresas, um de vários incentivos fiscais a diversos setores produtivos.6 7

Corrupção

jornalista e radialista Jorge Kajuru, ex-proprietário da Rádio K, publicou em 2002 o livro Dossiê K8 que contém denúncias de corrupção do atual governador e candidato à reeleição na época, Marconi Perillo. A trajetória narrada compreende o período entre janeiro de 1998 e setembro de 2002. O livro foi apreendido pela justiça de Goiás, antes do final das eleições de 2002.9 10

Envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

A chefe de gabinete de Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu demissão após ter tido conversas telefônicas dela com Carlinhos Cachoeira interceptadas, nas quais, é avisada pelo bicheiro sobre uma ação da Polícia Federal que seria desencadeada em 13 de maio de 2011 e que tinha como objetivo combater um esquema de fraudes contra a Receita Federal em diversos estados, incluindo Goiás.11 A própria Eliane confirmou que mantém "vínculos de amizade" que considera "exclusivamente pessoais com pessoas indiciadas" na Operação Monte Carlo.12 Os dados, passados a Eliane por Cachoeira, diziam respeito a alvos da Operação Apate, que investigou no ano passado supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior de Goiás.12 Antes do pedido de exoneração, Perillo chegou a defender a sua chefe de gabinete.13 14 O patrimônio de Eliane se multiplicou por sete no primeiro ano da gestão de Marconi.15
Nesse escândalo, o senador Demóstenes Torres pediu a desfiliação do DEM-GO por também estar envolvido em relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira.12 Assim como o parlamentar, Eliane usava um rádio Nextel com linha habilitada nos Estados Unidos para se comunicar com o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás.12
O próprio Marconi Perillo admitiu conhecer o bicheiro Cachoeira e ter se encontrado com ele por três vezes em "reuniões festivas", uma delas na casa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).16 17 18 Em entrevista19 à TV Anhanguera (afilada da Rede Globo), Marconi atacou toda a imprensa do Rio de Janeiro e, ao ser questionado se havia vendido uma casa para o bicheiro, respondeu:
Cquote1.svgEu tenho a informação de que um famoso bicheiro no Rio de janeiro foi preso na casa de um dirigente de uma grande empresa de televisão do Brasil. Será que quem vendeu a casa tem culpa disso?Cquote2.svg
— Marconi Perillo, em entrevista19 à TV Anhanguera
Relatório da PF (obtido pela Revista Época) concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram um compromisso, intermediado por Cachoeira: a Delta receberia em dia o que era devido pelo governo goiano, desde que a construtora pagasse Perillo.20

Venda de casa a Cachoeira

Contradizendo a versão de que Perillo relacionou-se apenas casualmente com Cachoeira, a Polícia Federal indicia que Perillo teria vendido uma casa sua no valor de R$ 1,4 milhão a Cachoeira, em operação intermediada pelo empresário Walter Paulo de Oliveira Santiago, dono da Faculdade Padrão.21
Em depoimento à CPMI, Santiago negou ter vendido a casa que era de Perillo para Cachoeira. Disse também que havia pago a Perillo em "pacotinhos" de notas de R$ 50 e R$ 100 emprestados, e que não sabia quem lhe emprestou o dinheiro para a compra da casa de Perillo.21
O empresário disse ainda que o pagamento pela casa foi entregue a Lúcio Gouthier Fiúza, assessor do governador Perillo, e ao ex-vereador Wladimir Garcez, apontado como um dos principais assessores de Cachoeira.21
O depoimento contraria a versão apresentada pelo governador Marconi Perillo, que informou ter recebido o pagamento pela venda de sua casa em cheques.22
Na casa, morava o empresário Carlinhos Cachoeira. Foi nessa casa que Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro de 2012, pela PF.21

Financiamento de campanha

O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que coordenou a propaganda eleitoral no rádio de Marconi Perillo em 2010, acusa Perillo de ter pago seus honorários através de empresa ligada a Carlinhos Cachoeira. Bordoni afirma ter negociado diretamente com Perillo o pagamento de R$ 120 mil pela atuação na campanha.23
Bordoni acusa Perillo de ter feito o pagamento através da Alberto & Pantoja Construções e Transporte (apontada pela PF como empresa fantasma controlada por Cachoeira), e que o depósito de metade da dívida total, de R$ 90 mil, foi comandado por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo. Perillo nega todas as acusações e diz que o valor pago a Bornodi foi de apenas R$ 33,3 mil.2425
Cquote1.svgQuer dizer que durante todas as campanhas que eu fiz (para Marconi Perillo) eu era o bom e o maravilhoso, e agora eu sou o mentiroso e o irresponsável? Talvez então eu tenha sido mentiroso e irresponsável ao pedir voto para ele?Cquote2.svg
— Bordoni, ex-coordenador de propaganda eleitoral de Marconi Perillo23

Esgotamento de revista que denunciava o escândalo

Logo no início da divulgação do escândalo, a revista CartaCapital publicou reportagem acusando Marconi de envolvimento no escândaloCarlinhos Cachoeira (bicheiro),26 27 porém a revista começou a desaparecer das bancas de Goiânia. Segundo muitos leitores, ao tentar adquirir o semanário, a resposta era sempre de que a publicação estava esgotada. Houve inúmeros relatos de venda de um grande número de revistas a poucos indivíduos, dentre eles, o do deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh.28 29 30

Beneficiamento da esposa

Valéria Perillo ganhava, em 2000, uma gratificação de R$ 3.500 por força de um decreto de Marconi Perillo, seu marido e então governador de Goiás.31 32 Primeiras-damas não são remuneradas.32 Sobre o caso, Valéria deu entrevista argumentando:
Cquote1.svgEu também tenho de cuidar das minhas filhas, que não contam com a presença constante do pai.Cquote2.svg
— Valéria Perillo, em entrevista àRevista Veja31
Também durante a gestão de seu esposo, com recursos públicos, Valéria mandou fazer uma "foto oficial" de si própria, do mesmo tamanho da do marido, e mandou três cópias para cada um dos 251 municípios de Goiás; acompanhava as fotos a orientação para que fossem afixadas no gabinete do prefeito, na presidência da Câmara Municipal e na sala da primeira-dama de cada cidade.31 Após a denúncia, Marconi Perillo deu ordem para que as fotos fossem recolhidas.31

Turma exclusiva para curso de direito

Em 2007, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, em desfavor da Faculdade Alves Faria (Alfa), Marconi Perillo (então senador da República), Valéria Perillo e União Federal, por concessão de tratamento privilegiado a agente político. De acordo com a procuradora da república Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a Faculdade Alfa, localizada em Goiânia, sob a justificativa de atender necessidades especiais de Marconi Perillo, montou uma turma especial no curso de direito com apenas dois alunos: o senador e sua esposa Valéria Perillo.33 34 35
Para o MPF/GO o fato viola os princípios da isonomia e da generalidade na prestação de serviços públicos, configura tratamento seletivo e privilegiado sem previsão constitucional ou legal e viola as diretrizes e bases da educação nacional, previstas na Constituição da República e na Lei n.º 9.394/96.33
O MPF/GO pediu que a Alfa, Marconi Perillo e Valéria Perillo sejam condenados a pagar indenização, a ser revertida para os alunos daquela faculdade.33
A ação tramita na Justiça Federal de Goiás, processo nº 2007.35.00.022088-0, sob apreciação do Juiz Euler de Almeida Silva Júnior (9ª Vara Federal de Goiânia), desde 2007.36

Condenação por propaganda antecipada

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, em 2008, a condenação de Marconi Perillo ao pagamento de uma multa de R$ 53.205,00 por propaganda antecipada no pleito de 2006, veiculada na forma de propaganda institucional do governo de Goiás. A propaganda instistucional foi publicada nos jornais O Popular e Diário da Manhã e, segundo o Ministério Público, terminou por fortalecer a pré-candidatura de Perillo a senador por Goiás.37 38

Nepotismo

Segundo o jornal O Anápolis39 , há uma lista de parentes diretos ou próximos de Marconi Perillo e de Valéria Perillo nomeados em comissão entre 1999 e 2006, em diversas esferas do poder, tais como Adriana Moraes Perillo Bragança, Vânia Pires Perillo Cardoso e Nilton Perillo Ribeiro.40
Também é acusado de nepotismo cruzado em favor do bicheiro Carlinhos Cachoeira, dentro da Secretaria de Indústria de Comércio, onde trabalhariam seis parentes de Cachoeira e do ex-presidente da Câmara Municipal de GoiâniaWladimir Garcez, apontado pelaPF como arrecadador de campanha de Perillo.41

Agressão

No dia 9 de outubro de 2011, durante a Missa de Ação de Graças da tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário, em Catalão, Perillo entrou em discussão com o presidente da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, Leonardo Bueno. O incidente teria ocorrido devido a Leonardo Bueno não ter feito agradecimentos à presença de Perillo à festa. Perillo se irritou por ter feito uma doação de R$ 100 mil à associação e mesmo assim não ter recebido a deferência durante o evento religioso.42
Ao término do evento, que reuniu aproximadamente 10 mil pessoas, quando o presidente da Irmandade desceu do palanque, o governador questionou a ausência do agradecimento. Marconi teria então agredido-o verbalmente de "ladrão, vagabundo, safado", prosseguindo com um empurrão, auxiliado por seus seguranças pessoais.42 Isanulfo Cordeiro, assessor de Perillo, negou que Marconi tivesse chegado a agredir fisicamente Leonardo Bueno, mas apenas utilizado "palavras ríspidas" durante o bate-boca.4



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