DELÍRIOS DE UM CODOENSE

EM UMA VIAGEM PSICODÉLICA,
FUI REVENDO OS MISTÉRIOS.
OS SEGREDOS FUI REVELANDO,
AO PASSADO VOLTANDO.

REGRESSEI AO TEMPO ANTIGO,
VI RUAS, AVENIDAS E CALÇADAS.
REVIVI MINHAS ORIGENS, 
ATRAVESSEI OUTRA DIMENSÃO.
MISTUREI REALIDADE, FATOS,
MITOS, HISTORIA E FICÇÃO.

CODÓ, CODOZINHO, CODO NOVO,
SÃO FRANCISCO, SANTO ANTÔNIO,
TRIZIDELA, SÃO PEDRO, SÃO SEBASTIÃO,
PRAÇA DA BANDEIRA E PRAÇA DO BALÃO.

GRANDE MERCADO CENTRAL
E A SUA MARE DE MOVIMENTO.
RUA DA BOMBA E A VELHA FABRICA DE CIMENTO!

NO MORRO DA TELEVISÃO
ESTIVE MAIS ALTO NO PENSAMENTO.
VOEI SOBRE A ESTAÇÃO,
DESSE PEDAÇO DO MARANHÃO.
CODÓ, NÃO É APENAS CODÓ,
MAS  UMA GRANDE E ESPLENDIDA NAÇÃO!

MEU CODÓ,
TERRA DO CATIMBÓ.
NAÇÃO AFRICANIZADA.
UMBANDA, TERECÔ E FORRÓ.

SANTA FILOMENA E SANTA RITA,
CIDADELA DO LIVRAMENTO,
NAÇÃO DO BRUXO BITA.,

ALIAS BITÁ DE BARÃO
COMENTADOR DA REPUBLICA.
O BRUXO DO POVÃO.
FRUTO DA IMAGINAÇÃO
E DA TAL RELIGIÃO.

CODO DA VELHA ESTAÇÃO,
DO TREM DA IMAGINAÇÃO,
PÉ DA PONTE E DA VILA MUTIRÃO!

PERDIDO ESTOU NO PASSADO,
OLHANDO DE LADO A LADO.
O COMÉRCIO NAS CALÇADAS,
DIZ: VENDE-SE SAUDADES!

AFONSO PENA,
A RUA  PRINCIPAL.
CODÓ CIDADE ESPACIAL,
TEU SANGUE EM MINHA VEIA ARTERIAL.

CIDADELA DO MOVIMENTO,
E O SEU SOBE E DESCE.
TERRA DE SENTIMENTO,
LUGAR EM MINHA MENTE, 
SEMPRE PRESENTE!

ESTOU A CAMINHAR,
RUNO A CIDADE ALTA.
NA PRAÇA VOU ENAMORAR,
NA IGREJA VOU ORAR...

SÃO VARIAS AS CORES,
SÃO MUITOS AMORES.
SÃO TANTOS CONTORNOS,
ATÉ CHEGAR A RUA DAS FLORES!

E ASSIM ME PERDI,
NO TEMPO, NO ESTRANHO, NO ESPAÇO.
E NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO VIAJEI.

SENTIR NOVAMENTE
O GOSTO DELIRANTE DA JUVENTUDE.
E COMO  PÁSSARO ERRANTE,
SOBREVOEI O HORIZONTE.

IGUAL UM FILME,
UM FILME COLORIDO.
COM LUZES E BRILHO,
E CAPA DE REVISTA.

REENCONTREI TANTA GENTE,
ANDEI EM VEREDAS ESTREITAS.
MERGULHEI EM LAGOS, RIACHOS E RIOS.
FUI PELA A ESQUERDA,
DOBREI NA DIREITA.

DERRUBEI MANGA,
COMI GUABIROBA.
ROUBEI LARANJA.
NO QUINTAL DO JOCA.

NADEI NO ITAPECURU,
ATRAVESSEI O ÁGUA FRIA.
COMI COCO BABAÇU,
E COM AS VELHAS AMIZADES, SORRI!

TERRA ENTRE RIOS,
CODÓ DAS PALMEIRAS.
RECANTO DO BEM-DE-VI,
PRINCESA BRASILEIRA.

                                                 Robson Maia:                                                 Poeta Codoense.

ENTRADA PRINCIPAL DE CODÓ - MARANHÃO.

A VELHA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

TERRA DAS PALMEIRAS.