Três especialistas em perseguição religiosa lançaram um livro que detalha a situação na qual vivem muitos cristãos ao redor do mundo. Os autores são Lela Gilbert, Paul Marshall e Nina Shea, do Centro do Instituto Hudson para a Liberdade Religiosa. O título da publicação é Perseguição: O Ataque Global aos Cristãos(tradução livre de Persecuted: The Global Assault on Christians). O livro retrata a perseguição e analisa padrões de abuso, repressão e violência contra os cristãos.
A pesquisa constata que uma das piores áreas para os seguidores do cristianismo é o mundo muçulmano, região que, segundo o relatório, se tornou ainda pior após a chamada "Primavera Árabe". Ainda assim, o país mais repressivo aos cristãos é a Coreia do Norte (há onze anos consecutivos no primeiro lugar da Classificação de países por perseguição, ranking atualizado todos os anos pela Portas Abertas Internacional).
"Há casos descritos em nosso livro sobre cristãos norte-coreanos sendo sumariamente executados apenas por possuir uma Bíblia", disse Nina Shea.
Outro dado importante da publicação, e que merece destaque, é a notícia de que em 2012, a Nigéria foi considerada a nação onde os cristãos mais foram mortos: milhares foram assassinados nas mãos de terroristas muçulmanos (leia mais emNigéria é apontada como o país mais opressor aos cristãos em 2012)
"Durante a Páscoa passada, uma série de igrejas, lotadas de adoradores, foram bombardeadas. E isso já aconteceu várias vezes", complementou Shea.
"O que nós, como cristãos, costumávamos chamar de ‘testemunhar’ ou ‘evangelizar’, é agora chamado de ‘proselitismo’; se tornou uma palavra suja, uma ação proibida", explicou Lela Gilbert.
"Sob a administração Bush [nos EUA], dois terços dos cristãos no Iraque foram expulsos", informou Shea. Paul Marshall alertou ainda que, sem a proteção da liberdade religiosa, a construção da democracia irá falhar.
"A liberdade religiosa é considerada como algo à parte, é o que as pessoas praticam no domingo, apenas", disse ele, referindo-se a atitudes superficiais. "Mas, se você não tem liberdade religiosa todos os dias e em todas e quaisquer circunstâncias pelas quais a sociedade passa, você não terá um desenvolvimento democrático em nenhum país do mundo", concluiu ele. Em muitas nações, a liberdade religiosa é prevista por lei. Na prática, porém, as coisas são bem diferentes.
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