Por Jacinto Junior – A Burguesia é simplesmente repugnante
A delirante e contumaz paixão pelo poder político por parte da burguesia insinua sua capacidade de se aproximar – como é belo tal retrato, diria mais, é até mágico sob o olhar frívolo dos séquitos representantes do conservadorismo este fato caricatural.
A mesa apresenta uma farta salada partidária, além disso, oferece uma sobremesa eclética, cheia de manobra, carregada de hipocrisia e indisfarçável dissimulação. De fato, o fato em si é histórico não apenas pelo caráter social, mas, sobremaneira, o político, onde inimigos irreconciliáveis ficam frente a frente e permite transcender seu lado emotivo. Que coisa extraordinária!
Não é estranho isso para mim. Estranho seria se não houvesse tal articulação. A gloriosa manifestação do articulador deste feito imprime sua personalidade eufemística e glamorosa. Nas entrelinhas de sua argumentação percebe-se o tom de uma divindade procela; homem predestinado a ser um inveterado e excelente conciliador. Bravo! Bravo!
A idéia a ser desvencilhada de tal fato é desconstruir a solidez do discurso do “show de elegância” entre os convidados. É preciso, também, avaliar categoricamente o que simbolizou esse encontro burguês e seu verdadeiro sentido político.
Cá entre nós, esse encontro não deve ter nenhuma configuração política para além de uma reunião esporádica – por ocasião da Jornada de Integração do Legislativo do Maranhão – e sem mais nenhuma repercussão. Vamos, então, avaliar cada representante e seus pontos táticos e estratégicos no quesito politicamente correto.
Entre os representantes do segmento burguês, evidencia-se apenas uma cordialidade extrínseca demonstrada por cada um, contudo, o pano de fundo desse jantar não foi meramente a cortesia impecável retratada no semblante das personagens principais.
O outro lado da moeda precisa ser desvendado. Que sentido faz o cochicho do deputado ao poderoso megaempresário – que, inclusive, tiveram recentemente uma discrepância pública bastante singular e barulhenta? Há quem diga que já existe um consenso entre esses inimigos históricos irreconciliáveis para se juntarem na próxima disputa para conquistar o aparelho de estado local.
A burguesia é assim, oportunista! É simplesmente repugnante!
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