Um crime cometido no início deste mês chocou os moradores da cidade de Waco, no Estado americano do Texas: um homem que havia fumado maconha sintética matou e comeu um cachorro. Michael Daniel, 22 anos, agrediu e estrangulou o animal após consumir a droga. Em seguida, ele mordeu o cão, arrancando pedaços de carne, segundo a polícia. Este e outros crimes violentos alertaram as autoridades dos EUA para o consumo de novas drogas sintéticas.
Criadas em laboratório, essas substâncias são capazes de transformar usuários em "monstros", segundo o médico diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital de Clínicas de São Paulo, Antony Wong. Relatos da polícia americana à imprensa local confirmam: cresceu o número de prisões de indivíduos muito alterados. Em Waco, Daniel disse que havia consumido maconha sintética, também chamada de K-2. Mas existe outra droga desse tipo considerada nova e perigosa - os "sais de banho".
De acordo com o médico Antony Wong, essas drogas são como "um crack piorado". "O efeito dessas drogas é muito grave porque torna a pessoa literalmente um monstro. Não é nem um animal, é um monstro, porque ela não tem como controlar suas emoções nem sua força", afirmou o médico. "É como se o cérebro delas se desconectasse do resto do corpo", disse. "As pessoas que usam ficam gratuitamente violentas, agressivas, a tal ponto de matar sem ter nenhuma noção de por que fizeram isso", afirmou ele.
De acordo com Antony Wong, as novas drogas sintéticas surgiram nos últimos três anos e "são muito mais potentes e agressivas em comparação com as drogas antigas". Os dois grupos são a maconha sintética e os "sais de banho". "A maconha sintética é chamada assim porque é uma erva, só que ela é cultivada e depois acrescentada com substâncias", disse o médico. "Os sais de banho são chamados assim porque a droga foi comercializada dessa forma, é vendida em pacotinhos e, quando você abre, parece sabonete em pó", afirmou ele.
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